segunda-feira, 3 de junho de 2013

Depoimentos: Leitura e Escrita



Por CARMEM SILVIA CIRINO



Saber ler e escrever é o primeiro passo para o crescimento pessoal. Ler faz a gente viajar por lugares fantásticos. E escrever então... é mágico. Ler e escrever nos oportuniza a um conhecimento significativo e concreto.
Sou a caçula de uma família grande, meus pais, tios e primos morávamos todos num mesmo quintal. Éramos 9 crianças, de idades bem próximas. Meu primeiro contato com a leitura e com a escrita deu-se através da observação, da curiosidade. Todas as vezes que meus primos sentavam para fazer as lições, lá estava eu, folhando os livros. E com essa curiosidade acabei conhecendo as letras, aprendendo a ler e também a escrever. Aos sete anos entrei na escola, mas já sabia ler e escrever. Minha primeira professora me acompanhou nos quatro anos primários. Seu nome era dona Sulamita, eu nunca vou esquecê-la, porque era muito exigente, tínhamos tarefas todos os dias. A disciplina era essencial para a aprendizagem segundo ela.
Com 11 anos cheguei ao ginásio e tive excelentes professores. Tínhamos cadernos para tudo, para ditado, reescritura de textos, caligrafia, tarefa de casa, mas, hoje entendo que tudo isso me ajudou a ser a pessoa que sou hoje, e a profissional da educação que me tornei. Já no início do ginásio tive contato com uma coleção de livros que eu adorava que se chamava "Série Vagalume", tinha vários títulos, temas, enfim, era uma literatura muito interessante e rica para a época. E a partir daí peguei gosto pela leitura e consequentemente a escrever, pois, para cada livro lido, era uma resenha a ser feita. A descoberta da escrita e da leitura abre as portas de um universo de conhecimentos. Meus pais ficavam muito orgulhosos, cada vez que recebi boas notas, e eu lógico amava. Bons tempos aqueles.



Por CRISTINA DE OLIVEIRA SOARES



Desde pequena eu sempre gostei de ler e estudar e meus pais tiveram pouco acesso aos estudos. O meu pai sempre trabalhou e sempre dizia que eu e minhas irmãs teríamos que estudar para obtermos trabalho e sustento.
Eu não via eles lendo livros, apenas jornais ou revistas esporadicamente, mas eu logo que aprendi a ler, gostei, e sempre tinha um gibi ou livro em minhas mãos. Teve uma época que eu lia romances, depois eu queria ser psicóloga e lia sobre o assunto, depois revistas científicas, e um assunto foi me levando a outros, e hoje eu leio textos pela internet, pois é mais fácil e prático. Entendo que a leitura tem a ver com a fase que a gente está passando, com o que nos interessa no momento.
Tenho aprendido e transmitido aos alunos que ler bastante nos ajuda a escrever melhor, a nos expressar melhor, a interpretar melhor e a ler melhor também, que através da leitura nos conhecemos melhor, aprendemos a lidar com pessoas e situações e conhecemos um pouquinho do mundo.
Nas salas de aula, eu leio texto motivacional antes de iniciar as aulas, e eles gostam e querem ler também. Sempre falo da importância da leitura e que é melhor que eles leiam, começando por algum assunto que gostem ou se identifiquem.
Pelo fato de eu lecionar Matemática, alguns estranham o fato de eu "pegar no pé" pedindo a eles para que leiam bastante, mas eu sei também que se não lerem, não conseguirão interpretar situações-problemas  e então não terão progresso nas aulas, como acontecem com alguns alunos que não leem e aprendem razoavelmente a fazerem "apenas" alguns cálculos e nada mais.


Por ADALBERTO NUNES MARTINS



Quero iniciar meu depoimento dizendo que sou natural do Ipiranga ( São Paulo ) e meus dois irmãos também - um mais novo ( falecido ) e outro mais velho - meu Pai natural de Pindorama ( São Paulo - 1935 ) e minha Mãe natural da ( Capital - 1938 ). Moramos muito pouco tempo no Tatuapé SP onde moravam meus avós Paternos e Maternos, pois eu e meus irmãos nascemos nos anos 60, um em 1961 (ago), eu em 1963 (fev) e o outro em 1965 (out), e meu Pai resolveu desbravar vindo aqui para a Grande São Paulo, mais especificamente na cidade de Mauá - no Jardim Zaira - em abril de 1966, onde passamos nossa infância, adolescência, juventude e adultos hoje.
Mais foi no final dos anos 60 que me lembro ter as primeiras noções de leitura e escrita com meus Pais. Meu Pai ( Motorista de Profissão ) ele era uma pessoa muito disciplinadora, caprichoso e de uma sabedoria com seu primário completo, soube alfabetizar minha Mãe (Prendas domésticas ), que tinha apenas a primeira série, para que ela pudesse auxiliar ele na leitura e escrita dos filhos.
Assim sendo, meu Pai sempre teve o capricho de ensinar os filhos a escrever no caderno de caligrafia, pois ele tinha uma escrita invejável sempre aperfeiçoando e exigia o mesmo de cada um dos filhos. Me lembro também dos momentos em que após o jantar, que era sagrado estarmos juntos, o meu Pai cobrava de nós a leitura de manchetes do jornal que ele trazia, respeitando a pontuação, concordância e tudo mais, exigindo quando errávamos que começasse tudo novamente e com a devida entonação. Em outras vezes cobrava de nós as tabuadas, pois ele adorava calcular e, dominava muito bem os cálculos de memória. Que saudades do meu velho e grande Pai!!!
Mais também devo agradecer a todos os Professores, desde o primário ( Professoras Milma, Elin, Bernadete, Adair e outras), do ginásio ( Professores Euclides, Elizabete, Olivier, Antonio e outros), do curso profissionalizante SENAI ( Professores Edson, Valdir, Chicão, Antonio Bráz e outros), do colegial técnico e magistério ( Professores Therezinha, Enúbia, Bruno, Hipólito e outros), até o nível superior ( Professores Mauro Rocha, Alécio, Carlos, Anastácius e outros), com certeza todos estes fizeram parte da minha evolução leitora e escritora, por isso deixo um forte abraço à todos. 
Mais em especial, devo deixar aqui os meus mais sinceros agradecimentos àqueles que foram os pioneiros, beijos e abraços aos meus Pais ( Gastão e Isabel ) que hoje já estão numa outra dimensão, acredito eu, com DEUS!!!



Por BEATRIZ DE ALMEIDA SILVESTRE



Sou de uma família de professores, com 3 anos já estava sendo alfabetizada dentro de casa. Quando pequena lia muito os gibis da Turma da Mônica, porém confesso que dei muito trabalho na escola durante as aulas envolvendo leituras, lembro-me que na 6ª série, a professora de português fazia rodízios bimestrais de livros, li quatro vezes o mesmo livro (um livro que sou apaixonada até hoje "A Marca de uma Lágrima" - Pedro Bandeira) para não ter que ler os outros livros. No Ensino Médio tinha o costume de procurar filmes das obras literárias para não ter que ler os livros.
Nunca fui muito apreciadora da leitura na minha fase como aluna, hoje adoro ler, mas sou um pouco chata, não pode ser qualquer livro.
Hoje, a leitura me auxiliou em algo que eu tinha muita dificuldade, a escrita. Sempre tive dúvidas na forma correta de escrever, quais palavras utilizar para não tornar um texto muito repetitivo.
Confesso que fui forçada a começar ler, quando me deparei escrevendo o famoso "internetês" aquelas famosas abreviações incorretas, como eu trabalhava de Agente Administrativo na Prefeitura, minha maior dificuldade era desenvolver documentos formais como: ofícios, requerimentos, declarações e redigir atas.


Por ARIANA STELLA SANTOS



Olá amigos (as) eu nasci de uma família do interior de São Paulo, Duartina. Meu pai veio para São Paulo trabalhar e estudar, meus avós cursaram até a 4º série (primário), que naquela época era uma grande vitória para a família, porque a preocupação maior era com as plantações e colheitas, sempre muito simples e humildes, me contam histórias de como faziam para criar os filhos sem energia elétrica, sem tecnologia alguma, tinham que levar os bebês no meio das plantações enquanto trabalhavam; minha mãe quando criança tinha que fazer uma longa caminhada da zona rural para o centro da cidade, precisava atravessar pastos, pontes e no caminho ia brincando com os animais que se deparava, mas sempre muito estudiosa. Estudou muito, foi alunos destaque da sala de aula, o sonho de se tornar professora fazia com que desse tudo de si, pois meu avô não tinha condições financeiras de pagar o nível superior, mas com seu esforço e dedicação conseguiu e se formou professora PEB I.
Já meu pai cursou aqui em São Paulo Senai, se formou em Marcenaria, com muita dificuldades também, pois todo final de semana viajava para o interior de trem porque naquela época era o único meio de transporte para levar dinheiro para meus avós, ele ajudava financeiramente  Ambos muito inteligentes, meu pai faz contas de cabeça que é impossível não invejá-lo, como é marceneiro muitas das vezes notei que tirava medidas da casa das pessoas com a palma da mão ou com os pés, e minha mãe ama muito ler, tem uma sabedoria inacreditável!

Meus pais são um exemplo de vida tanto para mim como para minhas irmãs, sempre nos mostrou que nada vem fácil, que precisamos lutar para conquistar algo que querermos e com isto percebi que precisava estudar muito, foi por isto que sempre me dediquei muito aos meus estudos, dando valor para as coisas, procurei e sempre procuro a perfeição, para conseguir meus ideais. Tenho em quem me espelhar, afinal uma base, um alicerce, que é minha família, sendo um exemplo de vida para mim, acredito que esta é a maior motivação que um ser humano precisa ter para conquistar, buscar e acreditar que é capaz!!








1 comentários:

  1. Oi Bia ficou muito lindo o blog do seu grupo. Estou muito orgulhosa de vocês Você é de mais menina! Continua sendo criativa assim! Você vai longe! bjoss

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